terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"... eu não demorei muito, apenas peguei um papel e uma caneta. Rabisquei algumas palavras que me provocaram o dia todo; elas fizeram sentido, quando as coloquei em ordem:
'essa luta constante por não deixar que quem eu amo vá embora, mesmo com o mal que me façam, me fez perceber que não importa para onde se vai e sim com quem se está indo. Muito menos importante é o mal que ela lhe fará! O amor ainda não é menor que a treva. Enquanto ele existir, eu estarei correndo para encontrar quem eu amo.
Eu acredito que a transformação do mal para bem está na. Não é fácil e não precisa ser. Se fosse fácil não seria prazeroso a recompensa.
Eu ainda não aprendi a me esconder. Eu amo o bem mesmo que isso inclua o mal, assim, amo quem eu amo pelo mal e pelo bem; não sou capaz de fazer alguma escolha e seguir feliz, se não estou completa.
Se já me fez bem e poderá me fazer mal, eu não vou correr. Não posso e não consigo. Eu fico e me perco junto nesse mal. Afinal, que mal faz, quando só se quer bem?'

E.C.M."

O vão do perto

"Não é a distância que separa dois corações. O que os separa é a saudade. A distância é um convivio permanente: ela sempre estará lá, mesmo quando, você não estiver.
Não é preciso de milhas para se sentir sozinho; o silêncio, o escuro e o medo, são os ingredientes não-secretos da distância.
'Um ao lado do outro, assim que deveria ser', pensamos. E qual abismo separa os lados, quando a verdade é dita, quando o amor é quente? A distância esta mais perto do que se pode imaginar, os abismos somos nós que causamos pouco a pouco. 
O simples é o socorro certo para quem quer retornar e recomeçar. Se pouco a pouco destruimos o que estava bem perto, pelo pouco teremos de volta, por mais que a nossa paciência seja testada e nosso coração fique sangrando. Não é preciso muito: o minimo de si e todos estarão em um só. Sem distâncias e medos. Somente unidos."

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Adversidade construtiva é adversidade amiga.

"Ninguém é uma coisa só: feliz ou triste, amigo ou inimigo. O feliz só é feliz por que já provou da tristeza; o triste só é triste por que ainda não conhece a felicidade... Amigo, só é amigo quando conhece de perto o que um inimigo é capaz e, justamente por isso, não quer isso para quem se ama.
 Por essência você pode ser rancoroso, caridoso e humilde. Pelo externo você faz com que qualidades e defeitos se alterem.
O dia amanheceu lindo, da janela da para ver pássaros cantando e um sol acolhedor. A noite vem e a tempestade leva sua casa, e o horizonte. De dia alegre à noite triste.
Raro encontrar quem não altera o interno pelo externo; isso não é defeito e não pode ser chamado de qualidade. É a transição necessária não apenas para descobrir se és ou não algo, mas para descobrir em essência do que se é capaz de ser. São as diversas cores tentando entrar em harmonia: é como o arco-íris após a chuva.  E é essa chuva temporária que somos a cada dia, nos compõe únicos. Únicos de vários ângulos, de uma só face que está em constante mudança: formar na carne o que se é na alma.
A vida ensina, e trasnformar isso para dentro é independente, tanto para o mal como para o bem. É claro que, o caminho do bem é longo, mas é o único que floresce.
Repito, ninguém é uma coisa só. Se aquele for tão perfeito, para poder se-lo, existe uma composição de atitudes em geral: adjetivos.
Por isso, permirtir-se ser inconstante, tendo o bem como guia,  nos faz chegar à quem realmente somos. Realmente é preciso acreditar-se que o inimigo não é somente inimigo. Ele possue amigos e há quem se amar. Este caminho te levará a perceber que este ser tão distante de você está tão próximo do que se imagina; ai está o motivo pelo qual a fé não nos abandona nunca, tanto nas escolhas como na essência da construção.
Isso não é uma receita, mas é algo natural: fazemos sem perceber. Pode demorar o tempo que for, mas um dia, a janela que a chuva levou, deixando a distância tomar conta do nosso horizonte nos dando amarguras, volta a nos fazer ver o sol nascendo devolvendo alegria e o arco-íris juntando suas cores em uma única direção. 
Essa transição de mudanças não se estabiliza, isso altera-se com o tempo, e é como lidamos com as situações que chegamos um pouco perto do 'quem eu sou'. "