
A garganta parece sentir esses impulsos. É a partir daí que uma decisão é tomada: ou você grita ou você cala.
Já gritei. Já expulsei sem piedade os meus impulsos. "Doa a quem doer". E hoje quem sente as dores de cada infurtunio sou eu. Agora eu calo. Se é preciso que algo seja feito ou dito, deixo o tempo e a consciência se manifestar naturalmente, como a folha cai no outono, como a migração das andorinhas.
Me refugio em diversos lugares. Começo dentro de mim e busco o que me dá forças: Deus, família e amigos. Onde a dor se tornar amena é onde eu descanso.
Cada vez que ouço essas vozes me acudirem, eu ouço sem estremecer, e logo em seguida deixo que o juiz apite o jogo quando achar necessário. Confio mais em mim e na justiça divina.
Assim, a utilidade de manter meu esconderijo vivo me faz cada vez mais saber viver aos poucos e sempre intensa."
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