Quando acordei eu estava pensando no momento em que eu iria te sentir; e até o tal momento, eu te odiei. Te odiei por que eu esqueci de mim, esqueci de me querer, esqueci até de me olhar no espelho.
Essa dimensão é erva daninha, cresce em momentos indesejados (ou menos esperados). Ninguém plantou essa semente, ela veio e se apossou de um espaço apertado. É veneno e fogo ... Em três palavras eu senti o poder que você tem sobre mim, e o poder que eu esqueci de manter sobre o meu corpo - e minha alma.
Agora, tanto faz se depois for nunca mais, por que só de ver as nossas raízes crescendo juntas na pureza que nós -como é bom dizer "nós" - sentimos, eu consigo me desfazer de todo o nó e deixar que você venha enlaçar o invisível, mas essêncial... Você ainda não vê como eu vejo, e isso é outra coisa que não importa. Você sentindo o que eu sinto, e dizendo devagar a estupidez desse sentimento já faz minhas mãos quererem as suas.
Quando for consumado esse laço, eu não sentirei mais nó, se estivermos para sempre. E já não me odiarei se eu não me olhar no espelho... Eu sabarei que o meu reflexo é você e isso é o que me importa.
E. C. M.
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